1 de abr. de 2011

História do "Terninho"

Como sabem estou fazendo um terninho lindo no curso da amada professora MARIA HELENA (http://mhelenaescoladecorteecostura.blogspot.com/).
Por este motivo estive pensando nos ultimos dias sobre a origem desta vestimenta e encontrei varias reportagens e textos informativos.
Obviamente o terninho feminino vem do armario masculino e com o tempo foi se moldando a silhueta feminina e ao mundo moderno.


"Ainda nos anos 1930, uma mulher de calças podia ser presa por se passar por travesti. Mesmo nos anos 1950, embora as calças-toureiro bem justas fossem populares como roupa informal, seu uso não era considerado aceitável no trabalho ou em ocasiões mais formais.
Em seu ótimo livro sobre o desenvolvimento da roupa moderna, Sex and Suits ( Sexo e as Roupas: a Evolução do Traje Moderno), Anne Hollander descreve a relação entre estilos de vestir masculino e feminino como essencialmente idealista: “As roupas masculinas e femininas ilustram como as pessoas desejam que sejam as relações entre os sexos”. Numa época em que os papéis dos sexos são impermeáveis, homens e mulheres se vestem de modo muito diferente. O cavalheiro vitoriano de sobrecasaca nunca seria confundido com sua mulher de cintura de vespa e sua saia em forma de sino.
Entretanto, cem anos depois, quando o movimento de liberação da mulher estava alcançando um nível de massa crítico, o estilo unissex estava no auge e costureiros como Pierre Cardin e André Courrèges criavam ternos tanto para ele quanto para ela. Rudi Gernreich, sempre um incentivador da moda envelope, deu um passo à frente ao fazer com que modelos masculinos e femininos vestidos identicamente raspassem as cabeças.
O terno masculino, do qual o tailleur feminino e depois o terninho foram adaptações, surgiu no final do século XVIII. Até aquela época, tanto homens como mulheres vestiam o tipo de roupa que hoje se associa quase exclusivamente às mulheres: chamativa, embelezadora, decorativa e, muitas vezes, nada prática. Até então, a divisão de classes, mais do que a divisão de sexos, era a principal característica distintiva da moda ocidental.
Na linguagem da moda, o terninho é sinônimo de posição social elevada. Ele é o uniforme da autoridade, tanto que às vezes, se referem coloquialmente às que o usam como “doutoras”. O terninho se origina do vestuário masculino, como muitas outras roupas de mulher, entre elas, um bom exemplo foi o uso das ombreiras em blaizeres na década de 80. Muitos a-b-o-m-i-n-a-m, mas tinha um significado especial – as mulheres precisavam ter uma silhueta masculina, já que estavam ingressando no mercado de trabalho em busca de cargos de chefia e travando uma verdadeira guerra dos sexos. As ombreiras funcionavam como uma espécie de armadura e lhes configurava força e poder.
Atualmente, estilistas do mundo inteiro reinventam o terninho, porém ele nunca perde suas referências – status e poder.
“No universo da moda, a androginia surge com a estilista Gabrielle “Coco” Chanel, quando essa impõe o uso de tecidos de roupas de baixo masculinas em suas criações femininas, como o tweed e a malha de jérsei. Mas, ao contrário de Marlene Dietrich e do movimento das melindrosas, que provocava os homens com seus curtos vestidos de franjas, Coco Chanel invade o guarda-roupa do sexo oposto em busca de sua própria afirmação, principalmente no trabalho.
Foi ela a grande responsável pela introdução da calça no vestuário feminino, do vestido de tweed debruado que dispensava espartilho, do chemisier simples (vestido cuja modelagem remete à camisa masculina), do tailleur (terninho), do cabelo curto a “la garçonne” (expressão retirada de um romance de 1922) e até do bronzeamento. É importante ressaltar, segundo Débora, que na década de 20 as tendências nasciam da rebeldia de algumas mulheres e tornavam-se moda graças à identificação com a população feminina.” (Leia esta matéria completa no site Feminilidade.)
“Não há dúvidas de que os terninhos são mais aerodinâmicos do que seus irmãos de saia: eles são construídos para propiciar praticidade, em vez dos tailleurs que são desenhados para impressionar.Para um terninho ser bem-sucedido em sua composição deveria haver um elemento de anonimato-o que importa não é chamar a atenção para si, porque sua finalidade é tornar elegante quem o veste, e a elegância nunca é espalhafatosa.Infelizmente, o tailleur nos faz pensar em tênis branco, café frio e todos aspectos esteticamente deprimentes do trabalho diário.Hà nos melhores tailleurs uma elegância dramática que nos faz ultrapassar o reino do cotidiano.
Na linguagem da moda, o terninho é sinônimo de poder.Ele é o uniforme da autoridade, tanto que ás vezes se refere coloquialmente ás que usam como´´ doutoras´´.Assim como outras tantas roupas de mulher, o terninho se originou de vestuário masculino-talvez daí venha associações com status mais elevados.
Em sua versão mais amável, de saia, isto é, como tailleur, ele trasmite um tipo de autoridade neutra; ou seja, enfatiza o status de quem o usa, mas ao mesmo tempo lembra a todo momento que se trata de uma fêmea.
Mas um terninho feito como o masculino numa mulher é duplamente provocativo: sugere tanto a influência direta do terno tradicional como as implicações eróticas de uma mulher num traje masculino.As mulheres que fizeram do terninho o seu emblema –Marlene Dietrich , Katharine Hepburn, Françoise Hardy, Bianca Jagger – são sem sombra de dúvida, sensuais, porem de forma discreta, um tipo de mulher que possui uma sexualidade como uma espécie de corrente submarina, em vez de um tsunami, e elas sabem como se mostrar arrogantes, mas é tudo lógico, moderadamente. Uma mulher em um terno de homem, desde que não esteja tentando disfarçar o fato de ser mulher, é sempre provocante.
A atriz alemã Marlene Dietrich, que o diga, pois quando apareceu em 1932 no filme Marocco com um smoking, as suas sobrancelhas finas feita á lápis e a boca de cupido foram o suficiente para sacudir o público.Quando ela se inclinava e beijava outra mulher, as platéias nos cinemas escuros entravam em delírio.
Assim, Dietrich ao zombar das convenções -pois as mulheres da época não usavam calças- ajudou a mudar uma visão ultrapassada que vigorava na época.
O terninho foi sem dúvida o mais revolucionário avanço da moda, nele uma mulher poderia ser tanto uma sereia como uma mulher de negócios – uma combinação que se destacou numa famosa campanha publicitária dos anos 70, feita para o perfume Charlie da Revlon, os anúncios focalizavam mulheres vestindo ternos YSL, atravessando com passadas largas uma cidade que estava preste a cair em suas mãos.
Desse modo, muito poucas mulheres hoje em dia preferem usar tailleurs. Só as que têm trabalhos muito cheios de nove horas se acham na obrigação de usá-los. Estilistas como: Helmut Lang e Nicolas Ghesquiére (que em geral criam para homens, mas que as mulheres chiques preferem) fazem terninhos que combinam com a imagem que as mulheres querem ter hoje em dia: bem tratadas, capazes e confiantemente sensuais.Seus ternos são extremamente modernos, qualidade que constitui o principal atrativo desse traje.Além disso, numa época em que o ritmo da moda é tão feroz, o terno consegue oferecer malícia, inteligência e poder de permanência.” (Leia esta matéria completa no site Spiner)"


(Fonte: http://www.fashionbubbles.com/historia-da-moda/o-terninho-classicos-da-moda/)











 

Um comentário:

  1. É estou muito contente com sua tragetória na costura,vc está de parabéns pelas palavras que escreve e por dar a estes internautas da costura uma visão de como é realmente sonhar e ter um objetivo concreto.meu amor vc é o maximo, continua assim expreçando toda tua sabedoria nesse mundo dos sonhos pois vc é ótima amo vc!!!! e desejo muito sucesso... teu marido jeferson

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